Arquivo

Tag Archives: Hostfamily

Sumi daqui, eu sei. Mas esta última semana foi mais curta (por causa do feriado do Dia da Reunificação da Alemanha) e, além de passear um pouco, também estava correndo com os últimos detalhes da minha residência definitiva aqui. Pois é, hoje é o último dia no quarto mais lindo que já conheci, mas na casa nova tem cama de casal e só isso já vale a troca. 🙂

Ter ficado o primeiro mês com uma hostfamily foi realmente positivo. Cheguei totalmente perdida mas minha mãe postiça me deu umas dicas super importantes (principalmente sobre os transportes públicos e os principais caminhos) e o ambiente de família também ajuda a aliviar a sensação de distância de casa e a falta dos parentes. Sim, estava morando em São Paulo sozinha há mais de seis anos, mas só quando a gente fica longe pra valer é que sente de verdade.

A partir de amanhã, dividirei um (grande) apartamento com uma menina alemã com quem me dei muito bem apesar dela não falar quase nada de Inglês e eu ainda não conseguir me expressar direito em Alemão. Acho que nos entendemos e ela parece bem tranqüila e moderninha na medida – ela tem uma tatuagem linda fechando o braço direito. A única regra da casa é que lá não entra carne nem bebida alcoólica, e no fundo eu até gostei disso. Estou animada com a mudança, já que ficarei perto da escola (pra evitar a preguiça de acordar mais cedo nos dias de frio) e no bairro do agito: Prenzlauer Berg.

A outra novidade é que a saudade começou a bater forte por aqui. Acho que a mistura de TPM com as visitas à East Side Galery e ao Jüdisches Museum e a leitura do livro “Um Dia” me deixaram sensível demais e aí pra sentir falta dos amigos é um pulo. Estou bem apesar disso – não fico chorando pelos cantos nem me tranco no quarto, mas faz falta falar com uma pessoa que entenda a gente sem muito esforço na hora do almoço, num café ou em algum passeio. É muito diferente conversar em inglês, dá muito trabalho ficar explicando as brincadeiras e traduzindo as piadas internas (por exemplo, até pra mim que conheço o contexto, um “Sit there, Claudia” fica sem sentido). Sem contar que a gente não encontra um amigo assim do dia pra noite, né? Mas vamos levando…

Hoje faz exatamente um mês que cheguei em Berlim e o balanço é extremamente positivo. A cidade e seus moradores me receberam muito bem, já me viro bem pelos caminhos (até me perco, mas consigo me encontrar depois) e inacreditavelmente tenho conseguido manter uns diálogos (simples, é claro) em Alemão! Esses 30 dias passaram voando, é verdade, mas ao mesmo tempo parece que estou aqui há pelo menos uns três meses, de tanta coisa que já aconteceu. Graças a Deus está tudo indo muito bem e espero que cotinue assim, sem grandes surpresas. E, tirando as opções gastronômicas (não aguento mais pimenta, curry e páprica!), está tudo perfeito.